Não é boa fé, má fé, fé pública. O verbete de hoje é fé. Porque não se faz um jurista sem um bocado de fé.
Fé: convicção de que algo é verdade, mesmo que não se possa provar.
Não venha me dizer que onde não há prova, não há fato. Não seja cético. O Direito é uma questão de fé. O jurista que não acredita nesse absurdo que é o Direito, não passa de um perdido. Falta a vocação. Tem que acreditar. Acreditar que não temos outro meio humano melhor que este para buscar a justiça. E que o Direito, de fato, faz alguma justiça.
E afinal, como o Direito faz alguma coisa se não for pelas pessoas? Como as pessoas farão alguma coisa, se não creem que o fazem por um bom motivo, ou melhor, que atingirão esse motivo-objetivo? Como alguém pode alcançar a justiça se não acredita que ela seja possível.
Direito não é uma equação matemática, lógica, computadorizada. Não é pra qualquer um. Tem que ter vocação. Amor. Fé. Tem que seguir com o coração e ter a certeza, ou pelo menos a intuição, de que você está fazendo a coisa certa. Mais do que isso, de que você é a pessoa certa, e de forma alguma poderia estar fazendo outra coisa senão esta, sendo tão feliz desse jeito. Isso é trabalhar com o coração.
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